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Projetos de leitura no sistema prisional é tema de 
evento na Feira Internacional do Livro de Ribeirão

“Virando a Página. Futuros possíveis com a leitura no cárcere” é uma realização do Observatório do Livro, Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), FUNAP e Polícia Penal. Gratuito e 100% presencial, o evento acontece nesta quarta-feira (20), na Biblioteca Padre Euclides, e é aberto ao público

Um dia todo de troca de experiências sobre a implementação de projetos de leitura no sistema prisional é o que promete o “Virando a Página”, que acontece no dia 20/8, de 9 às 17h, dentro da programação oficial da 24ª. Feira Internacional do Livro de Ribeirão Preto (FIL). Após a abertura formal do evento, está previsto o primeiro painel que abordará a “Leitura, humanização e ressocialização no cárcere”.

A discussão sobre os impactos da leitura nos processos de ressocialização encerrará os trabalhos da manhã. O segundo painel terá início às 14h, com o tema: “Remição de pena pela leitura – perspectivas e desafios”. Período em que as discussões versarão sobre os mecanismos jurídicos e pedagógicos da remição de pena; boas práticas dos projetos de leitura; impacto da remição para a sociedade.

Uma apresentação artística encerrará a programação, que reunirá funcionários da Fundação Prof. Dr. Manoel Pedro Pimentel (FUNAP), policiais penais, representantes de universidades, e de Organizações da Sociedade Civil (OSCs) que desenvolvem projetos de leitura no sistema prisional, além da Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), também realizadora do evento.

Para Luciana Paschoalin, diretora de Operações do Observatório do Livro, a leitura literária é uma ferramenta importante para o desenvolvimento de habilidades das pessoas privadas de liberdade. “Além de aprimorar a compreensão, o pensamento crítico, elevar a autoestima, despertar noções de cidadania”, avalia. “Sem falar no papel da leitura para diminuir o analfabetismo e o analfabetismo funcional dentro do sistema prisional”, completa Luciana.

O local da programação é a Biblioteca Padre Euclides, que fica na rua Visconde de Inhaúma, 490, no Centro de Ribeirão Preto e no âmbito na Feira Internacional do Livro. Não é preciso fazer inscrição prévia.

Artigo
Biblioterapia na Escola: Cuidado e resiliência pelos livros

Galeno Amorim

O ambiente escolar, embora vital, é um epicentro de demandas emocionais. Educadores enfrentam jornadas exaustivas, que levam ao estresse e burnout, minando a saúde mental. Alunos lidam com desafios que vão de bullying e preconceitos a traumas. Nesse cenário, a Biblioterapia, reconhecida como ciência desde o início do século 20 em países como os EUA e cada vez mais usada no Brasil, surge como ferramenta poderosa que recorre à literatura para promover cura, identificação e ressignificação de experiências.

Para professores e outros profissionais, pode significar autocuidado e fortalecimento emocional. A pressão constante leva ao esgotamento, e a literatura pode mitigar ao acolher, liberar emoções e possibilitar aprendizado com experiências narradas. Clubes de leitura com professores e funcionários, com obras sobre resiliência, propósito e superação, transbordam vivências pessoais e aliviam o isolamento e o estresse. Quem cuida também precisa ser cuidado.

Para alunos, a Biblioterapia acolhe, reflete, liberta emoções e empodera. Uma boa história valida sentimentos e mostra que não estão sozinhos. Ler sobre personagens que superam problemas ajuda o leitor a acreditar que também pode. Clubes de leitura sobre identidade, empatia e preconceitos abrem espaço seguro para diálogo. Obras seguidas por rodas de conversa mediadas por biblioterapeutas permitem que crianças expressem o que sentem e desenvolvam empatia.

Profissionais preparados podem “prescrever” leituras para lidar com luto, ansiedade ou conflitos. O livro atua como mediador, ajudando a processar emoções. A implantação exige esforço conjunto de gestores, professores e bibliotecas, cujos acervos podem ser kits de primeiros socorros emocionais. A Biblioterapia não é panaceia, mas um caminho humano para fortalecer a comunidade escolar e cuidar da saúde mental.

Galeno Amorim, autor de 16 livros, presidiu a Biblioteca Nacional e o Cerlalc/Unesco, criou o Plano Nacional do Livro e Leitura e o Programa de Formação em Biblioterapia.

Observatório do Livro lança projeto História da Gente voltado para pessoas idosas

O evento de lançamento será realizado nesta segunda-feira (7), em Ribeirão Preto (SP), das 9 às 11 horas, com uma roda de conversa, que tem como tema ‘A importância da leitura para todas as idades’. O projeto acontece em parceria com o Conselho Estadual da Pessoa Idosa, a Secretaria de Desenvolvimento Social do Estado de São Paulo e o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) 7, daquele município

A nova edição já começa com uma roda de conversa com o escritor Galeno Amorim, presidente do Observatório, e a implantação de um grupo de mulheres e homens com mais de 60 anos, que terá acesso a uma biblioteca digital com acervo de 30.000 obras de literatura em e-book e audiolivro, e se reunirá quinzenalmente durante 10 meses. O conteúdo gira em torno de leituras inspiradoras, produção textual das memórias que vêm à tona e preparação para contação de histórias.

Durante a execução do projeto, a narração será apresentada para crianças da Educação Infantil em escolas públicas e esse público também será convidado a realizar produções artísticas para compor o e-book com as histórias produzidas pelos participantes. Vale destacar que o projeto História da Gente é um programa de educação para a cidadania, com uso da literatura, contação de histórias e produções artísticas, realizado com grupos de pessoas idosas e crianças, visando o resgate e a valorização da história de um território, e promovendo o encontro geracional.

O projeto já foi executado pelo Observatório entre 2003 e 2009, em Ribeirão Preto, e beneficiou mais de 11 mil alunos do Ensino Fundamental, 400 professores de 28 escolas públicas do município, distribuiu 7.378 livros e implantou 174 minibibliotecas. Em 2007, o História da Gente recebeu a certificação de Tecnologia Social da Fundação Banco do Brasil, o selo Cultura Viva do Ministério da Cultura e o 1º lugar do Prêmio Cultura Viva promovido pelo Ministério da Cultura e coordenação técnica do CENPEC.

Para Luciana Paschoalin, diretora de Operações do Observatório, o projeto atua em várias frentes: estimula o envolvimento das pessoas idosas, a convivência, a capacidade de criar, dialogar, e incentiva sua participação social. “Sem falar na leitura literária, que é transformadora, amplia horizontes, e abre espaço para refletir sobre valores”, observa. Para esta edição, lembra Luciana, foram abertas 25 vagas para pessoas 60+.

O História da Gente acontece em parceria com o Conselho Estadual da Pessoa Idosa, a Secretaria de Desenvolvimento Social do Estado de São Paulo e o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) 7, no Jardim Cristo Redentor, daquele município. O evento de lançamento está marcado para esta segunda-feira (7), das 9 às 11h, na rua Zilda Faria, 665.

Pessoas idosas participam de atividades de 
leitura em evento da APAE Ribeirão na Praça XV

O grupo atendido pelo Tomates Verdes Fritos, do Observatório do Livro, que se reúne no Centro Dia da Pessoa Idosa (CDPI), no Complexo da APAE, acompanhou, nesta quarta-feira (18), as festividades de aniversário daquela instituição

Ao completar 60 anos no dia 19 de junho, a APAE Ribeirão Preto, resolveu celebrar a data hoje (18), na Praça XV, com atividades festivas e com aquelas que acontecem semanalmente em suas dependências. Como é o caso do Tomates Verdes Fritos, do Observatório do Livro. “As ações foram levadas para a praça, dessa forma o grupo não perde o encontro de leitura que seria realizado nesta quarta-feira, e tem oportunidade de estar num lugar diferente, ter uma nova vivência”, diz a coordenadora do projeto, psicóloga Juliana Bessa.

Para ela, outro ponto importante é que, por se tratar de um ambiente aberto à comunidade, as pessoas podem parar e participar. “É uma oportunidade de destacar que os cuidados com a pessoa idosa vão muito além da comida, teto e remédios: Ela pode usufruir muito da leitura, como é o caso do projeto, e da cultura de uma forma geral”, completa Juliana.

Raphaela Hermoso, psicóloga e biblioterapeuta do Observatório, também observa que participar de um evento comemorativo como esse vai muito além de um simples passeio para as pessoas idosas. “É uma oportunidade de acesso a novos espaços, de contato com diferentes ambientes, estímulos culturais e, principalmente, de reforço do seu senso de pertencimento e importância social”, avalia.

“É mais um momento para a equipe seguir com sua missão de levar leitura, reflexão e cultura, não apenas às pessoas idosas, mas também aos atendidos pela APAE e ao público em geral que está presente no evento”, comenta Raphaela. “Isso evidencia o quanto ações como essa são fundamentais para promover o acesso à leitura e ampliar as possibilidades de participação social para todos”, conclui.

O projeto, que atende 97 pacientes ativos em tratamento de câncer e doenças neurodegenerativas no município, tem como objetivo principal propiciar maior bem-estar físico e emocional por meio das técnicas da Biblioterapia. Assim como outros programas da instituição, esse também é voltado para pessoas acima de 60 anos e utiliza como recurso a leitura de literatura para promover também apaziguamento, conscientização, autoconhecimento e redução dos níveis de estresse, ansiedade e angústia.

Enquadrado na Lei do Idoso, o projeto é realizado em parceria com o Conselho Municipal do Idoso de Ribeirão Preto de forma domiciliar, em consultórios, em instituições e em encontros semanais com a rede de apoio dos pacientes. E conta com o patrocínio de Austral/Re, Austral Seguradora e Agibank.

Observatório do Livro é finalista do Prêmio Governador do Estado para as Artes 2025

Galeno Amorim, presidente da instituição, recebeu a indicação na categoria Incentivo à Leitura como idealizador do projeto Clube de Leitura 2.0, voltado para adolescentes. A entrega do prêmio ocorrerá nesta terça-feira (24), no Palácio dos Bandeirantes

O anúncio foi feito pela Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, cuja premiação reconhece as principais iniciativas culturais de 2024. Ao todo são 13 categorias contempladas e o Observatório concorre no grupo de “Incentivo à Leitura”. Os vencedores receberão um troféu e uma premiação de R$ 35,5 mil, exceto na categoria "Instituição Cultural", que não conta com prêmio em dinheiro.

O projeto Clube de Leitura 2.0 já implantou, desde 2022, 81 clubes de leitura, em 17 cidades do Estado de São Paulo, beneficiando 1.882 adolescentes, e ultrapassou a marca de 13.369 livros lidos inteiros ou em partes. Em encontros semanais facilitados por mediadores de leitura, os jovens descobrem o prazer de ler, desenvolvem criatividade e senso crítico, abrindo uma nova visão de mundo com novas perspectivas e sonhos.

A indicação, como uma das iniciativas culturais mais relevantes do Estado, reconhece o impacto do projeto na vida desses jovens, que podem, através da leitura, transformar suas realidades e sua concepção pessoal e coletiva de mundo. Além do Clube de Leitura 2.0, o Observatório tem se notabilizado pelos projetos Tomates Verdes Fritos, Clube de Leitura 6.0, Retomada, voltados para pessoas idosas, e Clube de Leitura no Cárcere.

Para Galeno Amorim, presidente da instituição e ex-presidente da Biblioteca Nacional, o fato de ser finalista do prêmio consagra a democratização do acesso à leitura como um caminho imprescindível para promover e transformar as pessoas. “E também é o reconhecimento ao esforço coletivo das nossas equipes e nossos parceiros e apoiadores que ajudam a manter a maior rede de clubes de leitura do mundo”, completa Galeno.

Observatório lança eBook com textos autorais de adolescentes da Fundação CASA

A produção faz parte do projeto Clube de Leitura 2.0 que reúne, atualmente, 414 jovens em medidas socioeducativas de todo o Estado de São Paulo

Resultado dos encontros semanais dos integrantes do projeto em 28 unidades da Fundação CASA no Estado de São Paulo, foi lançado, na última quarta-feira (16), o livro “Nossas Palavras” de autoria dos educandos dos centros de medidas socioeducativas do governo paulista. "Um momento mágico", definiu o presidente do Observatório, Galeno Amorim, na abertura do evento on-line, tal como ocorre nas reuniões do projeto.

As produções foram elaboradas após encontros semanais com mediação literária, em que os jovens liam, discutiam obras e, a partir da biblioterapia, eram incentivados a criar. A publicação reúne poemas, crônicas, memórias, cartas e reflexões que tratam de temas como racismo, discriminação, saúde mental, saudade da família, erros do passado e desejos de recomeço. “Ao folhear essas páginas, vemos o quanto o acesso à cultura pode abrir caminhos reais para a transformação. O que esses jovens escreveram vai além das grades, são pontes com o mundo lá fora”, afirma Claudia Carletto, presidente da Fundação CASA.

Participaram desta edição os adolescentes das seguintes unidades: Araçá, Araraquara, Atibaia, Campinas, Chiquinha Gonzaga, Esperança, Feminino Cerqueira César, Guarulhos, Irapuru I, Itaquera, Juquiá, Laranjeiras, Maestro Carlos Gomes, Marília, Ouro Preto, Paraná, Ribeirão Preto, Rio Dourado, Rio Pardo, São Bernardo I, Semiliberdade de Ribeirão Preto e Vitória Régia. "Quando um adolescente escreve sobre o que viveu e também sobre o que sonha, ele começa a construir novas versões para si. O que está neste livro não é só talento literário. É força, é humanidade, é esperança em movimento", afirma Karina de Santa Cruz Pimenta, coordenadora pedagógica da Fundação CASA.

“Nenhum escritor, por mais experiente que seja, esquece a sensação de ver seu texto publicado pela primeira vez. Imagine então o que significa para esses jovens. É o livro como lugar de encontro, cura e futuro”, completa Galeno Amorim, presidente do Observatório. A iniciativa é realizada pelo Observatório com patrocínio de empresas como Austral Resseguradora, Austral Seguradora e Valid, e apoio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (Condeca).

O eBook “Nossas Palavras” está disponível gratuitamente no site www.observatoriodolivro.org.br

Observatório do Livro registra, em 2025, 69 clubes de leitura em atividade

Com expertise em projetos voltados para leitores improváveis, a instituição, com sede em Ribeirão Preto (SP) e atuação internacional, trabalha há 25 anos com uma proposta concreta para transformar realidades através dos livros. Em 2023, o Observatório recebeu o Prêmio de Melhor ONG de Cultura do País e integrou a lista das 100 melhores ONGs

Ao completar 25 anos de existência, o Observatório do Livro tem cumprido, através de seus vários projetos e programas, o objetivo de desenvolver ações para estimular a leitura e ampliar noções de cidadania entre os recortes da população, de crianças e adolescentes periféricos a pessoas idosas e privadas de liberdade. Mais do que isso, a instituição, que se notabilizou pelos diversos prêmios recebidos, busca oferecer aos seus beneficiários ferramentas que ampliem a sua concepção pessoal e coletiva de mundo.

O Observatório inovou, por exemplo, ao oferecer clubes de leitura virtuais durante a pandemia Coronavírus para a população acima de 60 anos. Isso contribuiu para aumentar ainda mais o impacto de inclusão digital nessa faixa etária do projeto original, que já era inovador, ao prever a leitura de eBooks em tablets a partir de uma biblioteca virtual com 30.000 títulos.

O projeto, que leva o apropriado nome de “Clube de Leitura 6.0”, já atendeu 4.294 pessoas idosas com idade entre 60 e 102 anos. Contrariando as pesquisas de leitura no País, os leitores idosos do projeto leram, em 2024, 8.852 livros lidos inteiros ou em partes, atingindo a média de 32 livros por participantes ao ano, o que resulta em 2,6 livros ao mês. É muito importante destacar que segundo a pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, divulgada no final do ano passado, a média nacional por pessoa é de 3,96 títulos/ano.

Também para a população 60+ são oferecidos outros dois projetos. O projeto “Retomada” requalifica, profissionalmente, pessoas idosas e incentiva seu reingresso e/ou a permanência no mercado de trabalho, ao mesmo tempo em que propõe novas perspectivas de vida e potenciais fontes de renda. A ação, já em sua segunda edição e com 35 participantes, propicia formação teórica e prática em Biblioterapia e Mediação de Leitura e estimula o voluntariado.

O outro projeto, “Tomates verdes fritos”, é voltado para pessoas idosas em tratamento de câncer e doenças neurodegenerativas, com apoio de biblioterapeutas que também têm formação em Psicologia. São 656 pacientes atendidos em Ribeirão Preto em grupo ou individualmente, com uma média de 40,8 livros lidos ao ano.

Segundo o idealizador dos projetos, Galeno Amorim, que é presidente do Observatório e já dirigiu a Biblioteca Nacional, é importante ocupar o tempo livre das pessoas idosas enfermas com a leitura de livros literários, criando momentos de acolhimento, prazer, entretenimento e, ao mesmo tempo, escuta empática e reflexão.

O projeto atende, por exemplo, grupos de mulheres mastectomizadas e pacientes do SUS durante as sessões de hemodiálise. Já os atendimentos individuais acontecem em domicílio ou em consultório. Também são atendidos, em um grupo à parte, os cuidadores dos pacientes, com o uso da leitura como suporte emocional.

Outro projeto é o “Clube de Leitura 2.0”, no qual os beneficiários são adolescentes periféricos de 12 a 17 anos. Desde 2022, o projeto já implantou 81 clubes de leitura, em 17 cidades do Estado de São Paulo, beneficiando 1.882 adolescentes, e ultrapassou a marca de 13.369 livros lidos inteiros ou em partes. São encontros semanais para as leituras e as sessões de Biblioterapia para falar sobre a obra lida e da própria vida. Nas 28 unidades da Fundação Casa atendidas, os encontros são virtuais e os adolescentes atendidos em medidas socioeducativas leem, em média, sete livros por ano.

Há também o “Clube de Leitura no Cárcere”, que já impactou cerca de 10 mil pessoas presas e acontece desde 2009. Atualmente, é realizado em seis presídios da região de Ribeirão Preto, com 121 membros nos clubes. O projeto tem a parceria da Fundação Prof. Dr. Manoel Pedro Pimentel (Funap) e a cada livro lido a pena é reduzida em 4 dias, até 48 dias por ano. Neste ano, o Observatório criou o projeto inédito para leitores não alfabetizados.

Internacionalização das atividades - O Observatório chegou ao seu ano 25 com o início da internacionalização de suas atividades. A partir de discussões no âmbito da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), onde a instituição ocupa uma cadeira como Observador Consultivo, a atuação se dará em países da África e da Ásia com apoio às políticas públicas do livro e leitura. O Coninler (Congresso Internacional de Leitura) reuniu, no ano passado, na sua 7ª edição, 28 escritores, especialistas e artistas dos países dessa região.

Evento no Museu da Língua Portuguesa (SP) marca início da 
3ª. edição do Clube de Leitura 2.0 do Observatório do Livro

A programação realizada pela Fundação CASA, em parceria com o Observatório, reuniu cerca de 30 adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa e várias atrações culturais.

A 1ª edição do “Encontro Estadual Literário: Com Verso & Prosa, e muita ImaginAção!”, organizado pela Fundação CASA no Museu da Língua Portuguesa (SP), na segunda-feira (2), reuniu cerca de 30 adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa em centros da capital, litoral e interior. O evento também marcou o início da 3ª. edição do projeto Clube de Leitura 2.0, criado e executado pelo Observatório do Livro.
Os adolescentes fizeram apresentações culturais com leituras, jograis e interpretações musicais. A ação integra o calendário pedagógico da Fundação Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente (CASA) e tem como foco a democratização do acesso à leitura e o desenvolvimento crítico e emocional dos jovens.

Durante a programação, Galeno Amorim, presidente do Observatório, falou sobre leitura e cidadania no painel “Ler do Verbo Existir!”. Já a diretora da instituição, Luciana Paschoalin, apresentou o tema “Ler do Verbo Sentir!” e, ainda, o eBook “Nossas Palavras”, coletânea de textos e ilustrações dos participantes do projeto Clube da Leitura 2.0 na edição encerrada.

"Os clubes de leitura para adolescentes chegaram a um dos grandes templos da cultura no Brasil", comemora Galeno. O projeto conta com o patrocínio de empresas como Suzano, Valid, EDP, Austral e Bermad, e apoio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (Condeca).

Observatório lança clube de leitura para pessoas privadas 
de liberdade não alfabetizadas no estado de São Paulo

A iniciativa inédita no sistema prisional paulista é uma parceria com a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), por meio da Fundação "Prof. Dr. Manoel Pedro Pimentel" (FUNAP). O Observatório atua com o Clube de Leitura no Cárcere desde 2009, e agora amplia o projeto para pessoas analfabetas e analfabetas funcionais

Apresentado ontem (23), na Penitenciária Dr. Sebastião Martins Silveira de Araraquara, o projeto busca atuar para a diminuição da grave exclusão educacional que impacta diretamente a reinserção social das pessoas privadas de liberdade não alfabetizadas. O Observatório acredita que a implementação de projetos de leitura voltados para essa população no sistema prisional não é apenas uma medida necessária, mas um imperativo social e humanitário.

O projeto piloto será implementado, inicialmente, em quatro unidades conforme a realidade de cada uma. As leituras serão em grupo, em duplas e em audiolivro (com tablets sem acesso à internet), com a participação de mediadores externos formados pelo Observatório. As unidades contempladas são: Penitenciária de Ribeirão Preto, Penitenciária III de Serra Azul, Penitenciária de Araraquara e Centro de Progressão Penitenciária de Jardinópolis.

"O Clube de Leitura para não alfabetizados nasceu de uma parceria que muito nos honra, entre a FUNAP e o Observatório do Livro e da Leitura. Juntos, idealizamos um projeto que respeita a diversidade das trajetórias e dos tempos de cada pessoa e amplia o acesso às ações de educação e cultura no sistema prisional, avalia Alexandre Rodrigues Cabrera, diretor adjunto de Atendimento e Promoção Humana da FUNAP.
Durante a realização do projeto, estão previstos encontros de mediação de leitura, produção de relatório oral e, consequentemente, remição de pena para aqueles que foram avaliados positivamente. Entre outras autoridades, também estiveram presentes ao evento, que aconteceu, não por acaso, no Dia Mundial do Livro, a superintendente de Atendimento e Promoção Humana da FUNAP, Eunice Godinho, e o juiz José Roberto Bernardi Liberal, coordenador do Deecrim 6ª RAJ.

“A ação mostra que quando o Estado, a iniciativa privada e a sociedade se unem para resolver questões importantes, as soluções aparecem e ajudam resolver problemas sérios e graves como os representados pelo altíssimo índice de analfabetos e analfabetos funcionais no sistema carcerário brasileiro”, observa Galeno Amorim, presidente do Observatório.

Observatório do Livro é finalista do Prêmio Governador do Estado para as Artes 2024

A entrega do prêmio ocorrerá nesta terça-feira (12), no Palácio dos Bandeirantes. Em dezembro do ano passado, o Observatório recebeu o Prêmio de Melhor ONG de Cultura do País

O anúncio foi feito pela Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, cuja premiação reconhece as principais iniciativas culturais de 2023. Ao todo são 13 categorias contempladas e o Observatório concorre no grupo de “Incentivo à Leitura”. Os vencedores receberão um troféu e uma premiação de R$ 35,5 mil, exceto na categoria "Instituição Cultural", que não conta com prêmio em dinheiro.

Completando 25 anos de existência, o Observatório do Livro tem cumprido, através de seus vários projetos e programas, o objetivo de desenvolver ações para estimular a leitura e ampliar noções de cidadania entre os recortes da população, de crianças e adolescentes periféricos a pessoas idosas e privadas de liberdade. Mais do que isso, a instituição, que se notabilizou pelos diversos prêmios recebidos, busca oferecer aos seus beneficiários ferramentas que ampliem a sua concepção pessoal e coletiva de mundo.
O Observatório inovou, por exemplo, ao oferecer clubes de leitura virtuais durante a pandemia Coronavírus para a população acima de 60 anos. Isso contribuiu para aumentar ainda mais o impacto de inclusão digital nessa faixa etária do projeto original, que já era inovador, ao prever a leitura de eBooks em tablets a partir de uma biblioteca virtual com 30.000 títulos.

Para Galeno Amorim, presidente da instituição e ex-presidente da Biblioteca Nacional, o fato de ser finalista do prêmio consagra a democratização do acesso à leitura como um caminho imprescindível para promover e transformar as pessoas. “E também é o reconhecimento ao esforço coletivo das nossas equipes e nossos parceiros e apoiadores que ajudam a manter a maior rede de clubes de leitura do mundo”, completa Galeno.

Conheça a ONG eleita a melhor de Cultura do Brasil, além 
de integrar a lista das 100 melhores no País em 2023

Com expertise em projetos voltados para leitores improváveis, o Observatório do Livro e da Leitura, com sede em Ribeirão Preto (SP) e atuação internacional, trabalha há 24 anos com uma proposta concreta para transformar realidades através dos livros. Em dezembro último, recebeu o Prêmio de Melhor ONG de Cultura do País

Às vésperas de completar 25 anos de existência, o Observatório do Livro tem cumprido, através de seus vários projetos e programas, o objetivo de desenvolver ações para estimular a leitura e ampliar noções de cidadania entre os recortes da população, de crianças e adolescentes periféricos a pessoas idosas e privadas de liberdade. Mais do que isso, a instituição, que se notabilizou pelos diversos prêmios recebidos, busca oferecer aos seus beneficiários ferramentas que ampliem a sua concepção pessoal e coletiva de mundo.
O Observatório inovou, por exemplo, ao oferecer clubes de leitura virtuais durante a pandemia Coronavírus para a população acima de 60 anos. Isso contribuiu para aumentar ainda mais o impacto de inclusão digital nessa faixa etária do projeto original, que já era inovador, ao prever a leitura de eBooks em tablets a partir de uma biblioteca virtual com 50.000 títulos.

O projeto, que leva o apropriado nome de “Clube de Leitura 6.0”, já atendeu 3.525 pessoas idosas com idade entre 60 e 102 anos. Contrariando as pesquisas de leitura no País, os leitores idosos do projeto leem, em média, 12 livros ao ano, duas vezes e meia a média nacional de 4,9 livros/ano, segundo a pesquisa Retratos da Leitura (Instituto PróLivro/Itaú Cultural, 2020). Após a pandemia, a maioria dos clubes é presencial e acontece em cafeterias, livrarias, bibliotecas, outros espaços de convivência e em Instituições de Longa Permanência (ILPI).

Também para a população 60+ são oferecidos outros três projetos. O “Retomada” requalifica, profissionalmente, pessoas idosas e incentiva seu reingresso e/ou a permanência no mercado de trabalho, ao mesmo tempo em que propõe novas perspectivas de vida e potenciais fontes de renda. A ação, já em sua segunda edição e com 35 participantes, propicia formação teórica e prática em Biblioterapia e Mediação de Leitura e estimula o voluntariado.

Outro projeto, “Tomates Verdes Fritos”, é voltado para pessoas idosas em tratamento contra o câncer e doenças neurodegenerativas, com apoio de biblioterapeutas que também têm formação em Psicologia. São 576 pacientes atendidos em Ribeirão Preto em grupo ou individualmente, com uma média de 40,8 livros lidos ao ano.

Segundo o idealizador dos projetos, Galeno Amorim, que é presidente do Observatório e já dirigiu a Biblioteca Nacional, é importante ocupar o tempo livre das pessoas idosas enfermas com a leitura de livros literários, criando momentos de acolhimento, prazer, entretenimento e, ao mesmo tempo, escuta empática e reflexão.

O projeto atende, por exemplo, grupos de mulheres mastectomizadas e pacientes do SUS durante as sessões de hemodiálise. Já os atendimentos individuais acontecem em domicílio ou em consultório. Também são atendidos, em um grupo à parte, os cuidadores dos pacientes, com o uso da leitura como suporte emocional.

Diante do aumento do número de pessoas idosas em situação de rua, o Observatório criou o projeto “Clube de Leitura nas Ruas” que acontece na instituição de acolhida temporária Casa Santa Dulce dos Pobres, e Ribeirão Preto. Cada sessão chega a reunir de 25 a 30 pessoas com 60 anos ou mais. A mediação é realizada por psicólogo e biblioterapeuta. Para Luciana Paschoalin, diretora de Operações da instituição, o objetivo é propiciar o acesso à leitura visando promover acolhimento, autoconhecimento, autonomia e inclusão social.
“A gente atua no sentido de fornecer ferramentas para que possam lidar de formas mais saudáveis e compassivas com os níveis de estresse, ansiedade, angústia, insegurança, medo e as sensações de solidão e desamparo”, observa Luciana.

Outro projeto é o “Clube de Leitura 2.0”, no qual os beneficiários são adolescentes periféricos de 12 a 17 anos. Eles têm acesso a uma biblioteca virtual de 5.000 livros e leem em tablets e computadores. São 40 clubes em 10 cidades do Estado de São Paulo, com encontros semanais para as leituras e as sessões de Biblioterapia para falar sobre a obra lida e da própria vida. Nos 28 clubes da Fundação CASA, os encontros são virtuais e eles leem, em média, sete livros por ano.

Há também o “Clube de Leitura no Cárcere”, que já impactou cerca de 10 mil pessoas presas e acontece desde 2009. Atualmente, é realizado em cinco presídios da região de Ribeirão Preto, com 100 membros nos clubes. O projeto tem a parceria da Fundação Prof. Dr. Manoel Pedro Pimentel (Funap) e a cada livro lido a pena é reduzida em 4 dias, até 48 dias por ano.

Lives com escritores e especialistas em leitura – São realizados inúmeros eventos virtuais, gratuitos, durante o ano para professores, bibliotecários e outros formadores de leitura, com a presença de renomados autores e especialistas. A 4ª Jornada da Leitura no Cárcere (realizada no final de novembro de 2023), por exemplo, atingiu 29.745 pessoas, a maior parte privadas de liberdade em penitenciárias em 15 estados, foi feita em parceria com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e a Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen).
O evento mais recente foi a 4ª.Jornada da Leitura 6.0, em fevereiro último, que com o tema “Histórias e sonhos não envelhecem”, atraiu 4590 pessoas, durante três dias, para ouvir escritores, especialistas e artistas sobre o papel dos livros, da literatura e da escrita para uma velhice mais ativa e inclusiva. Além disso, contabilizou 2986 comentários do público.

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