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PROJETO RETOMADA
Mulheres 60+ buscam na Biblioterapia novo sentido para a vida

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Dar um novo significado tanto à vida pessoal quanto à profissional foi o que levou, em 2022, um grupo de 18 mulheres com idade acima de 60 anos a ingressar, em Ribeirão Preto, no Projeto Retomada, uma iniciativa do Observatório do Livro em parceria com o Conselho Municipal do Idoso e a Prefeitura. Elas atuavam em áreas como a educação, cultura, serviço social, comunicação e arquitetura, estavam aposentadas ou apenas fora do mercado de trabalho na medida em que foram envelhecendo e, de repente, sentiram a vontade de dar um novo significado para a vida a partir de uma paixão em comum: a leitura de livros literários.
O objetivo do projeto é requalificar, profissionalmente, pessoas idosas para apoiar seu reingresso e/ou permanência no mercado de trabalho, visando novas perspectivas de vida e potenciais fontes de renda. A ação propicia formação teórica e prática em Biblioterapia e Mediação de Leitura. A primeira turma, em 2022, formou, em 2022, 18 biblioterapeutas e algumas já começaram a atuar, inclusive com projetos práticos elaborados durante o curso Programação de Formação em Biblioterapia, coordenado por Galeno Amorim, do Observatório do Livro.

Depoimentos

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"A ideia me atraiu, fiz o curso, fui para o estágio num Clube de Leitura, onde continuo participando, porque é coordenado por um psicólogo e eu aprendo muito. E já estou mediando outro grupo 60+. Gosto de ter contato com pessoas, de ouvi-las.”
Maria Cristina Calvitti, 62 anos

                  Foto: atuação em Clube de Leitura 6.0

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"Um período de muito aprendizado e conhecimentos diversos. O curso em si, as entrevistas, dicas de livros, tudo muito abrangente e me ensinou muito. A companhia e orientações da equipe durante todo esse período foram fundamentais para que assimilássemos cada vez mais. Agradeço de coração ao Observatório que disponibilizou o curso e aos profissionais, que são muito atenciosos com as velhinhas."
Katia Ribeiro da Silva, 64 anos 
Ribeirão Preto, SP
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"Com o curso de Biblioterapia, eu retomei uma vida profissional, já que estou aposentada há 13 anos. Passei pelo estágio e faço trabalho voluntário no Clube de Leitura 6.0 e no Clube de Leitura no Cárcere, na Penitenciária de Ribeirão Preto. Quero trabalhar profissionalmente como biblioterapeuta."
Lurdinha Kumakura, 64 anos
Ribeirão Preto, SP
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"Eu gostaria de ter conhecido o Observatório antes, porque é muita sabedoria que a gente recebe, muita informação e que resulta em muito crescimento pessoal e profissional. Foi maravilhoso!"
Elenir Venâncio de Oliveira, 67 anos
Ribeirão Preto, SP

Veja como participar

Podem participar do projeto mulheres e homens com idade acima de 60 anos residentes em Ribeirão Preto, já que a ação recebe financiamento do Conselho Municipal do Idoso e da prefeitura local. Grupos podem ser formados em parcerias com outras instituições ou as pessoas interessadas podem fazer suas inscrições diretamente por aqui.
A maior parte das atividades é on-line, com videoaulas transmitidas em plataforma digital. Também são previstas consultorias com a equipe do Observatório do Livro e atividades práticas, como os estágios, que complementam a formação teórica.




Os materiais de apoio, tais como apostilas e livros, podem ser acessados, em formato digital, a partir de dispositivos como celulares, computadores e tablets. Esses materiais podem ser descarregados por download para serem lidos off-line, o que dispensa a necessidade de conexão permanente à internet.

Prefeituras, conselhos e outros interessados em realizar o Projeto Retomada em suas cidades podem contatar diretamente pelo e-mail fundacao@observatoriodolivro.org.br ou pelo telefone/WattsApp (16) 3442-7908






Alguns impactos da Biblioterapia podem ser considerados particularmente estimulantes:

entretenimento
mudança de atitudes
afastamento de pensamentos negativos
diminuição de quadros de depressão e timidez
alívio de tensão, estresse e dor
redução da carência afetiva
estímulo ao diálogo
maior sociabilização, bem-estar, autoestima e compreensão dos problemas
autoconhecimento
visão estendida pelo olhar do outro
maiores possibilidades de comunicação pelo enriquecimento do vocabulário
utilização de outras formas de expressão
satisfação de necessidades estéticas, intelectuais e emocionais
redução da frustração e da ansiedade

Envelhecimento em Ribeirão Preto

Em Ribeirão Preto, cidade paulista de 711.000 habitantes, o IBGE indicou, em 2020, a existência de uma população idosa (pessoas com 60 anos ou mais) de 111.570 habitantes, ou 15,7% do total. Calcula-se que em 15 anos a população idosa local cresceu quase três vezes mais do que o número total de habitantes, que foi de 78%. Nesse ano, segundo a prefeitura, o índice de envelhecimento chegou a 93,63%.
A expectativa de vida na cidade é relativamente alta: média de 78 anos para homens e 83 anos para mulheres. Isso significa que a população idosa tem uma presença significativa na cidade e é esperado que cresça ainda mais nos próximos anos, devido ao aumento da longevidade e à redução da taxa de fecundidade.
Como resultado, a cidade tem enfrentado desafios para lidar com as necessidades e demandas da população idosa. Em resumo, o perfil socioeconômico das pessoas idosas em Ribeirão Preto aponta para uma população com baixa renda, baixa escolaridade:

- A maioria das pessoas idosas em Ribeirão Preto é composta por mulheres (em 2020, cerca de 62% dos idosos da cidade eram mulheres)
- A renda média das pessoas idosas em Ribeirão Preto é menor do que a média geral da cidade (em 2020, a renda média mensal das pessoas idosas era de cerca de R$ 1.635,00, enquanto a média geral da cidade era de cerca de R$ 2.580,00

Idosos ativos

Ao analisar o panorama socioeconômico do município, a Prefeitura observou que, ao lado dos mais jovens, os idosos “são dependentes economicamente das demais” faixas etárias, mas que também há uma porcentagem de pessoas idosas ainda ativas dentro da faixa etária em que se considera como idoso (60 anos ou mais): “ativos, não só fisicamente, mas também economicamente e, em muitos casos, ainda provendo o sustento de muitas famílias”, segundo estudo da Secretaria Municipal de Saúde.
À medida em que cresce o número de idosos na cidade, demandando mais políticas públicas que sejam capazes de gerar ações que visem o bem-estar social e o envelhecimento saudável, aumenta, ao mesmo tempo, a quantidade de pessoas do segmento 60+ que encontram-se fora do mercado de trabalho. Seja porque já estão aposentadas ou, então, porque ficaram sem emprego, muitas vezes por conta da ausência de uma atualização profissional.
No entanto, muitos deles necessitam de complementar a renda da família, ou a sua própria, em virtude da insuficiência da renda aferida com a aposentadoria.

Autoestima e requalificação

O projeto Retomada oferece atividades transversais de acolhimento, estímulo, escuta empática e desenvolvimento pessoal e profissional de pessoas idosas residentes em todas as zonas geográficas do município visando, de maneira imediata, tanto o aumento da autoestima como sua requalificação profissional e o reingresso, e em outros casos a própria permanência, no mercado de trabalho.
A ideia é que possam, mediante a requalificação profissional, no médio prazo, passar a atender crianças, jovens e adultos com projetos de Biblioterapia, terapia a partir da leitura de livros literários com objetivo de gerar bem-estar emocional e físico e ajudar as pessoas a lidarem com suas dificuldades emocionais, que geram ansiedade, angústia, depressão, entre outras. E, com isso, a longo prazo, se viabilizar como fonte viável de renda e fortalecimento de vínculos comunitários.

Impactos estimulantes

As práticas sociais de leitura e metodologias como a Biblioterapia representam um importante subsídio para lidar com essas questões e com as pessoas mais velhas. Este recurso metodológico tem sido empregado com sucesso em serviços públicos de diversos países por representar um recurso capaz de impactar diretamente a qualidade de vida das pessoas beneficiadas.
O projeto impacta positivamente, além dos próprios alunos do curso, as pessoas que vierem a ser atendidas por eles, na medida em que, além de lazer cultural de qualidade e entretenimento, essa prática também afeta diretamente a qualidade de vida dos indivíduos.
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