Histórico

As primeiras ações de responsabilidade social empresarial que dariam origem à Fundação tiveram início em meados da década de 1990, então como uma divisão da Palavra Mágica, uma premiada editora de pequeno porte voltada à publicação de livros infantis que tratavam de temas de cidadania, então pouco encontrados nas livrarias.

Uma das primeiras iniciativas foi a criação de um programa para doação de uma modesta biblioteca comunitária sempre no aniversário da editora, celebrado em 01/04. A motivação era simples e clara: aquilo que gerava receitas e lucros parar a empresa - no caso, os livros infantis - tinham que estar, de alguma forma, disponíveis também para quem não podia pagar por eles.

DOAÇÃO DE BIBLIOTECAS E RECICLAGEM

As duas primeiras bibliotecas comunitárias Palavra Mágica foram na Unidade Infantil do Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto (que mais tarde passaria a receber doações de outras empresas e pessoas, aumentando muito de tamanho e sua atuação) e uma creche da rede pública. E assim se sucedeu, ano após ano.

Em seguida, foi criado um programa de bolsa de estudos, a partir de parcerias e permutas de seus produtos com escolas privadas. Surgiu, então, uma oficina de reciclagem de papel para crianças e adolescentes pobres. Afinal, a matéria-prima que gerava as receitas e os lucros da editora deveria ter também um papel social relevante para promover mais  transformações na sociedade.

UM SINAL PARA O MILÊNIO

Em 1999, os dois sócios da pequena editora, Mariangela e Galeno Amorim, resolveram dar maior institucionalidade ao que já faziam, a partir da pequena editora. Criaram, então, a fundação, que, em homenagem à empresa, passou a se chamar Fundação Palavra Mágica.

Para celebrar a criação da Fundação, foi realizado, naquele ano, o SINAL 2.000, como ficou conhecido o primeiro Simpósio Nacional de Empresas Socialmente Responsáveis. O evento foi realizado com o Instituto Ethos, que, assim, estendeu sua atuação ao interior paulista e levou para Ribeirão Preto (SP), cidade onde a Fundação Palavra Mágica nasceu, o então nascente tema da Responsabilidade Social no mundo corporativo.

Era, sem dúvida, um sinal para o milênio prestes a começar.

ATUAÇÃO EM TODO O BRASIL

Mais tarde, em 2015, para atender os planos de nacionalização de sua atuação e a ampliação do seu escopo estatutário, a entidade passou a se chamar Fundação Observatório do Livro e da Leitura. Em homenagem à origem de tudo e para preservar o nome e a história, foi criada uma área  regimental interna, o Instituto Palavra Mágica. É nele que estão reunidos todos os projetos próprios de formação e fomento à leitura. 

Durante suas duas primeiras décadas, a Fundação teve parceiros entre organizações da sociedade, governos em âmbito local, regional, nacional e internaciional e recebeu inúmeros prêmios, dentro e fora do País.

Alguns dos resultados alcançados no período:

• 400 mil crianças, jovens e idosos atendidos;
• 400 mil livros doados para escolas e comunidades;
• 950 minibibliotecas implantadas;
• 1,5 milhão de textos produzidos por jovens;
• 800 mil horas de leitura realizadas;
• 50 livros publicados por jovens protagonistas;
• 100 mil atores sociais beneficiados diretamente;
• Bibliotecas digitais sociais em 572 cidades em 27 unidades da Federação.